quinta-feira, 24 de julho de 2008

Batman: Com muito pouco se faz uma civilização ruir...

Bem, eu não sou uma grande conhecedora de cinema, muito menos sociologa ou qlqr coisa do gênero mas, decidi, após ter me deliciado com The Dark Knight, que também daria o meu "pitaco" sobre o assunto.







Quando fiquei sabendo do segundo filme confesso que não tive tanta expectativa. Sim! Não posso negar que Batman Begins foi um bom filme. Boa direção, bom elenco, bom roteiro. Mas bom não é o suficiente para me deixar animada.
As coisas começaram a mudar assim que começaram a vazar as primeiras cenas do filme na net. Assim que vi Heath Ledger gargalhando como um sádico senti que este filme seria diferente. Devo confessar que a principio não tinha muitas expectativas quanto a interpretação dele. Sabia que seria boa mas não tinha a menor idéia do que aconteceria nesse interim.
Bem, Heath morreu e o trailer do filme saiu. E o que era uma espera tranquila por um bom filme começou a se transformar numa angustia absurda. Eu assisti esse trailer mais de 1000 vezes e tenho que dizer que a cada gargalhada dada pelo Coringa eu me sentia melhor. O meu lado sádico e malvado vibrava com a po
ssibilidade de ver meus planos malígnos rperesentados na telona.
Sei que não é bem o que um crítico diria; mas não sou um crítico sério, logo posso me utilizar dos elementos que quiser para representar o meu profundo contentamento com o que assisti no cinema.
Mas agora vamos ao que realmente interessa. O que assisti e quais as impressões que pude tirar do filme "Batman: The DarkKnight".
Em primeiro lugar, não posso deixar de comentar a edição do filme. Técnicamente foi o que mais me chamou atenção. As cenas sujas, rápidas e violentas deram mais agilidades as cenas de ação ao ponto de eu achar que aquele caminhão do Coringa cairia na minha cabeça de uma hora para outra.
Também tenho que reservar um parágrafo a parte para a trilha sonora. Tensa, vibrante e, em alguns momentos, mórbida deu ao filme o tom que era necessário de suspense aventura.
Agora vamos a uma parte primordial nesse filme Direção e Cast. Se por um lado Nolan teve uma direção corretissima fazendo com que os antigos conhecedores das Hqs vissem em Dark Knight novamente a figura de Batman que a muito tempo não viam; por outro temos um Cast de dar inveja. Realmente, os nomes sao incríveis. Além de Bale, Heath Ledger, Morgan Freeman, Gary Oldman, Michael Cane... Mas o que mais chamou atenção no elenco foi a atuação. Em todo o elenco não a farpas, erros.... As construções das personagens foram perfeitas, bem elaboradas. Se Harvey Dent é justo e forte em suas convicções como Promotor, quando se torna duas caras tem a mesma força para discutir os conflitos de alguém que se ve sem saida ja que para ele não há mais a esperança. A mesma esperança que era tida em Harvey Dent. Esperança esta que morre quando nasce o Duas Caras.
O Batman por sua vez mais Batman do que nunca. Tenho que confessar que a primeira atuação do Bale não me convenceu. Mas agora ele realmente encarnou o Cavaleiro das Trevas. Mais seguro, e mais introspectivo. Se alguns dizem que o batman está apagado, eu não concordo. Agora sim o Batman surgiu. O Batman que seu esgueira pelos cantos obscuros de Gotham. Isso não é ser apagado... isso é estar camuflado, como o verdadeiro Cavaleiro das Trevas.
Agora vem a parte mais divertida do post. O Coringa.
Esse merece um texto a parte...



Sem dúvida, o fato de o Coringa ter sido o ultimo trabalho completo de Heath Ledeger fez com que milhares de pessoas se interessassem mais pelo assunto. Afinal, com tantos rumores de que Ledger teria morrido por causa do Coringa não seria diferente. O problema é que com essa expectativa começou-se a criar um debate infundado e bobo. Quem seria o Coringa definitivo? Ledger ou Nicholsson???
Sinceramente, acho isso uma estupidez. Uma perda de tempo. cada coringa fez um excelente trabalho. O problema é que as pessoas esquecem que as HQs e, assim, tudo o que advém delas estão intimamente ligadas ao que ocorre na sociedade. O Coringa de Nicholsson é um palhaço desvairado e doido, Ledger faz um coringa mais sádico, diria atá mais ideológico. Por de trás desse novo coringa vem todo um arcabouço filosofico. Sem dúvida que se fosse por riqueza do personagem escolheria o segundo; mas por interpretação é uma grande besteira ficar discutindo.
Então vamos ao que realmente interessa.
Não podemos esquecer que Ghotam é uma Sodoma Moderna onde tudo está se perdendo e o Coringa como ele msmo se intitula é um agente do Caos. Ele dá somente os elementos propícios mas quem pratica as maldades são os habitantes de Gotham. Não é preciso ter dinheiro ou bens para fazer o mal basta um artificio: se utilizar do medo latente em toda sociedade moderna. Uma sociedade insegura recorre a qlqr coisa para não ter medo; inclusive a um juticeiro noturno sem rosto. O fato é: O Coringa está ali para mostrar que não há cura, que não há volta e que por mais que Batman tente ele nunca conseguirá vencer o mal que está entranhado em cada ser humano. A individualidade exacerbada faz com que cada um pense somente em si, Sendo assim, uma comunidade como Ghotam estaria fadada a auto-destruição causada pelo egoismo e a ambição de seus habitantes. Não importa se é possivel convencer ou não Batman de partcipar da destruição moral da cidade. Pois no fundo o Coringa sabe que a maio vitória é mostrar a Batman que ele (o Coringa) está certo. E ele está. E Batman sabe. Harvey Dent não é mais o bem. E o heroi da cidade; a unica experança que Gotham tinha, se voltou contra ela. Sendo assim, o que vale para o Coringa é continuar nesse etreno jogo pois é isso o que o mantén vivo. Afinal, é como Alfred diz: "Algumas pessoas só querem ver o circo pegar fogo..."... E o proprio Coringa completa quando diz a Batman: "Você me completa". Enfim, num mundo de prazeres e sem etica, só resta ao agente do caos se divertir o quanto puder. No que diz respeito a atuação de Ledger só tenho uma coisa a acrescentar: Perfeição. O Coringa torna-se a engrenagem do filme no tempo e no tom certo. sadico, maluco e para mim, hilário. Um piadista que nos faz a todo momento pensar o quanto deturbada são nossas convicções morais atualmente.
Em suma, não exsite bem e mal separados pois todos nós carregamos ambos dentro de nós...

2 comentários:

LincK disse...

Muito legal a sinceridade da tua leitura Gi. Ainda discordo dessa força toda que tu vê no Coringa, mas gostei bastante dos teus apontamentos...

Esse filme virou febre mesmo.

Vanessa disse...

Engraçado que eu também pirei pra ver esse filme quando vi o trailer, especialmente a cena do coringa rindo pela janela enquanto dirigia.
Achei mórbido, insano e tocante.

Eu nunca me empolguei com filmes do Batman, mas desta vez sim. E posso dizer que não foi pelo frisson da morte de heath, pq não costumo me impressionar muito com esse tipo de coisa e não acompanhei o Hype sobre a morte dele pq sou alienada da mídia. haueheu.

Mas enfim, gostei absurdamente do filme e acredito que a atuação do coringa é que deu consistência e qualidade ao filme. Depois vou escrever no meu blog sobre o filme e uns conflitos psicológicos sociais relacionados....

Bjos