Era uma vez uma história...

No momento em que cheguei percebera que ali não era o meu lugar. Por mais que tentasse não me adequava as pessoas e aos hábitos estranhos a minha essência. Porque seria tão difícil assim me manter tranquila e confiante em lugar que segundo todos representaria o meu lar? Porque a cada dia que passava me sentia mais isolada mais entediada e paralisada naquele ambiente que, a principio, deveria servir como meu habitat natural?
E tudo continuava como o esperado. Nada ocorria. Nada mudava. Nada... nada!!! Não existia felicidade, não existia tristeza. Só existia a eterna paralisia onde o único movimento vivo era a respiração que a cada momento se tornava mais ofegante traduzindo o desespero de uma vida sem perspectiva.
Até que um dia algo mudou. Um pensamento antigo voltara a suceder. Uma sonho de infância fora novamente suscitado em uma alma atormentada pelo silencio de seu atual estado paralítico. Um novo principio, um novo ambiente... Uma chance de mudança que aliada a uma mente infantil passara nesse momento a ser concebida como algo possível, útil e afável por mais complicado que pudesse ser seu concebimento. E assim, novamente, o pensamento tonara a se atiçar. O principio de um movimento se fazia próximo e o excitamento antes não revelado nem confessado fora ficando mais latente... Enfim a vida tomava seu rumo... Para algo novo e desconhecido. Talvez para algo amedrontador... Mas o que importava era que agora realmente poderia ser assim chamada: VIDA!